“É preciso que a imaginação seja demasiada para que o pensamento tenha o bastante”
– Gaston Bachelard
| por Rodrigo Amarante
“É preciso que a imaginação seja demasiada para que o pensamento tenha o bastante”
– Gaston Bachelard
Inspiração vem dos sentimentos.
Inspiração não precisa de explicação, de lógica ou teoria.
Quando de verdade é possível dar sentidos com o coração e com a alma; como um pássaro ela voa sozinha alcançando novos horizontes, sem nunca desprender-se de nós, pelo contrário, nos eleva.
Inspiração que vem de sentimentos que esquentam o intelecto e descongelam até o mais gélido e ferido dos corações. É um dia de chuva, uma manhã de sol, a brisa do mar ou o nevoeiro de uma serra. O que aquece o seu coração? O que desperta sua energia?
Algo que toma conta, que não se calcula, que entra na circulação, passa pelo cérebro, ossos, coração, por todos os sistemas, e vai preenchendo espaços que até então não pareciam vazios, que até então eram desconhecidos.
Uma satisfação inebriante.
Sexta-feira, noite de Lua Nova.
Seguimos O Louco, e ao mesmo tempo, nós assumimos este papel no momento em que ele surge na escuridão da caverna maternal e mergulha no desconhecido.
Encontramos as experiências fundamentais da infância – os pais terrenos e os pais internos do espirito e da imaginação – nas cartas d’O Mago, d’A Imperatriz, d’O Imperador, d’A Sacerdotisa e d’O Hierofante.
Reconhecemos os conflitos e paixões dentro de nós nas cartas d’Os Namorados e d’O Carro.
Deparamo-nos com os testes do mundo e os desafios morais da vida nas cartas d’A Justiça, d’A Temperança, d’A Força e d’O Eremita.
Passamos por crises e perdas e o repentino golpe do destino representado pela Roda da Fortuna, e sofremos o desamparo e o desespero d’O Enforcado e d’A Morte.
Seguimos ainda O Louco, na confrontação consigo mesmo, como o arquiteto oculto de seu próprio destino n’O Diabo e n’A Torre.
Dessa escuridão, nasce a esperança nas cartas d’A Estrela, d’A Lua e d’O Sol; e a vitória sobre a escuridão e a reconciliação com a vida advêm com as cartas d’O Julgamento e d’O Mundo.
Baseado em conversas reais.
As vezes as coisas não acontecem da maneira que gostaríamos, aquilo que queremos não é aquilo que conseguimos, e acabamos aprendendo da pior maneira que o querer e o poder nem sempre caminham de mãos dadas. Mas, será isso um motivo para desanimar? Ou um motivo para tentar com mais voracidade, aceitando os caminhos e possibilidades de se colocam a nossa frente.
Muitas vezes, quando não conseguimos algo, simplesmente não era para ser.
Simplesmente!
Simples assim…
Por mais dolorido e difícil que seja aceitar muitas vezes, não podemos deixar cair a maior arma que temos em nós: a coragem! Se não foi dessa vez, será na próxima; ou não se não for para ser.
Aquele caminho que queremos trilhar nem sempre é o caminho que está nas bifurcações pelas quais passaremos, pelas quais estamos destinados a passar. Manter a cabeça erguida sempre, sem desistir, ter coragem e aceitar os caminhos inesperados, do mesmo como diversas vezes somos pegos de surpresa por aquela noticia boa que nem esperávamos, ou ainda por aquela pedrinha que entra em nosso sapato e acaba sendo uma pedrinha que não queremos mais tirar de nossa vida.
A vida tem dessas coisas…
… a vida nos surpreende!
As vezes de maneiras boas, as vezes de maneiras ruins e quase sempre de forma inesperada, e a verdade é que, sem essas surpresas, sem estes caminhos, a vida não seria tão… vida!
Queria alguém que sentisse minha falta, que quando se desse conta estivesse pensando em mim.
Seguimos o Louco, e ao mesmo tempo, nós assumimos este papel no momento em que ele surge na escuridão da caverna maternal e mergulha no desconhecido.
Encontramos as experiências fundamentais da infância – os pais terrenos e os pais internos do espirito e da imaginação – nas cartas do Mago, da Imperatriz, do Imperador, da Sacerdotisa e do Hierofante.
Reconhecemos os conflitos e paixões dentro de nós nas cartas dos Namorados e do Carro.
Deparamo-nos com os testes do mundo e os desafios morais da vida nas cartas da Justiça, da Temperança, da Força e do Eremita.
Passamos por crises e perdas e o repentino golpe do destino representado pela Roda da Fortuna, e sofremos o desamparo e o desespero do Enforcado e da Morte.
Seguimos ainda o Louco, na confrontação consigo mesmo, como o arquiteto oculto de seu próprio destino no Diabo e na Torre.
Dessa escuridão, nasce a esperança nas cartas da Estrela, da Lua e do Sol; e a vitória sobre a escuridão e a reconciliação com a vida advêm com as cartas do Julgamento e do Mundo.
As vezes o amor dura, as vezes ele só machuca. ♪♫
Ela não podia se identificar mais. Ouvia a música enquanto gotas de chuva desciam lentamente pelo vidro do carro no mesmo ritmo que as lágrimas desciam de seus olhos… Enquanto olhava as paisagens todas, assim como sua alma, em tons de cinza, as lembranças vinham de atropelo…
Nada poderia tirá-la dali, não havia sorriso, não havia razão para sorrir.
A vida nos surpreende!
É inevitável…
De um dia para o outro algo acontece e o mar dentro de nós encontra-se em ressaca.
Ondas contra as pedras, contra as paredes do coração.
Sem percebermos, estamos com um sorriso bobo no rosto, um brilho no olhar, um calor no coração…
Coisas que não conseguimos descrever nem explicar.
Só podemos sentir.
Dá medo a velocidade com que a vida dá voltas mas nunca podemos deixar esse medo atrapalhar.
Devemos viver um minuto de cada vez.
Pensando no futuro, claro, mas não fazendo dele o foco principal.
Quando pensamos muito no futuro acabamos esquecendo o principal: o agora, o presente.
É bom se deixar surpreender, é bom deixar o vento nos guiar.
Com todas as instabilidades possíveis, com toda a liberdade que só o vento traz.
Pode ser tanto uma brisa de verão como um poderoso tufão que passa sem aviso prévio e vai embora com a mesma intensidade com que chega, deixando seus rastros para traz…
Preocupar-se com qual vento está nos guiando vai modificá-lo?
Então não vale a pena deixar de arriscar, deixar de ser guiado por medo do que está a frente.
Só vamos realmente descobrir o que está no próximo passo,
quando dermos os próximo passo…
Felicidade, às vezes, brota das estranhas coisas.
Pessoas vão aparecer durante a grande jornada que é a nossa vida.